O que é ser anarquista?

Entrevista com o professor Felipe Corrêa sobre o que faz de alguém um anarquista e quais as atividades realizadas pelos militantes.

 

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A história do Anarquismo no Brasil

Entrevista com o Professor Alexandre Samis gravado na Biblioteca Fabio Luz.

LPPE – Laboratório de Pesquisa e Práticas de Ensino
IFCH – Insituto Filosofia e Ciências Humanas
UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro

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Domingos Passos, o Bakunin brasileiro

Retiramos este texto do site do Coletivo de Estudos Anarquistas Domingos Passos. Domingos Passos foi um carpinteiro e operário, pobre e negro, do Rio de Janeiro. Por sua audaciosa militância sindical e anarquista, sofreu tantas perseguições, prisões e torturas, que foi apelidade de Bakunin Brasileiro. Viva Domingos Passos!

A evocação desse valoroso lutador social, Domingos Passos, operário carpinteiro, nascido e criado na cidade do Rio de Janeiro, negro, reúne em si uma intensa história de vida, como também evoca a história de valentes combatentes operários que enfrentaram sucessivos regimes de opressão, e com coragem ameaçaram políticos, militares, policiais e patrões. Teve seu corpo marcado pelas duras penas pelas quais passou, os calos da luta que acumulou pelas inúmeras privações e prisões.

Não vergava! Enfrentou persistentemente as autoridades, e inúmeras vezes “repousou” algumas semanas na cadeia por agitar nos comícios. Suas palavras eloqüentes não eram apenas frutos da importância que dava à leitura esse operário autodidata, mas carregadas pela dura experiência das penúrias e torturas por que passavam os lutadores anarquistas de sua época, quanto mais se como ele, além de pobres, fossem negros. Seu destemor enfurecia os soldados patronais, atormentados com sua audácia. Foi primordial nas atividades de seu sindicato e também na organizaçao intersindical. Sua sobrevivência ao campo de concentração de Clevelândia, no Oiapoque, e sua fuga através da fronteira com a Guiana, atravessando a selva amazônica, tinha algo de cinematográfico, impressionante, sendo batizado assim de Bakunin brasileiro pelas suas audaciosas fugas da polícia, pela coragem, por sua persistência e resistência às péssimas condições e torturas nas prisões, assim como pelos seus discursos agressivos e coerentes.

Depois de sua fuga mais espetacular até então, muda-se para São Paulo onde volta à ativa no Comitê de agitação pró-Sacco e Vanzetti, da FOSP. Em São Paulo conhece ainda mais as prisões e a tortura. Sua última prisão foi ao voltar do Rio Grande do Sul, tendo escapado anteriormente da polícia inúmeras vezes, é encarcerado finalmente na difamada Bastilha de Cambuci, odiada pela população por sua clara função repressiva e pelas condições com que eram tratados os presos. Lá passou alguns meses numa cela escura, sem janela, onde recebia pouca comida e permanecia incomunicável. Da cela foi retirado pela polícia com o corpo coberto de chagas e atirado na mata de Sengés, no interior paulista. Conseguiu atravessar a mata, chegando em situação deplorável a um povoado, de onde escreveu uma carta para velhos companheiros. Estes enviaram-lhe uma pessoa insuspeita da polícia com algum dinheiro para que sobrevivesse algum tempo. Esta foi a última pessoa a dar notícias de Domingos. As únicas notícias posteriores são as de boatos.

Em sua história de luta do Rio de Janeiro a São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, enfrentou tanto a polícia como os políticos reacionários do PCB, que se utilizavam dos métodos mais covardes para tirar as organizações sindicais das mãos dos trabalhadores e controlá-las para suas próprias finalidades. Muito contribuiu então para a manutenção da autonomia sindical, a organização libertária dos trabalhadores, os ideais revolucionários, a resistência à repressão policial, além de contribuir com seu maior talento: a agitação.

Evocamos este bravo lutador, inconformado de sua penúria, insurgente do povo, que com imensa coragem enfrentou a ordem da miséria e da injustiça. Insurgiu-se contra a opressão reinante, combateu os mercenários e carrascos dos donos do poder, deu o sangue para abrir com seus companheiros o caminho para uma nova ordem, uma ordem de pão e de justiça. Evocamos um combatente digno, convicto em seus ideais, coerente na sua vida, cujas feridas não lhe venceram, um homem de ferro.

Por que a vida é luta!!!
Viva os que lutam!!!
Domingos Passos Vive!!!

Coletivo Domingos Passos – Niterói, 2001.
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Professora Camila Jourdan explica o não-voto

Em entrevista, a Professora da UERJ Camila Jourdan explica o porquê de um governo, mesmo de esquerda, ser indesejável. Para chegar ao poder, a esquerda trai seus princípios e, graças ao jogo do poder econômico, deve continuar a traí-los para se manter no governo.

Leia a entrevista.

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“Anarco”-capitalismo não é anarquismo!

antiancap

Historicamente falando, anarquismo é parte do socialismo e, como tal, defende que os produtos do trabalho devem ser do trabalhador. A diferença entre marxistas e anarco-comunistas nesse sentido é que, para marxistas, a quantidade de trabalho define o quanto o trabalhador receberá; já o anarco-comunista defende que o trabalho de uma pessoa depende do trabalho de todos, logo é impossível saber quanto cada um deve ganhar e tudo deve ser de todos.

Por isso, o chamado “anarco”-capitalismo (ancap) não pode ser uma forma legítima de anarquismo. É, sim, uma forma extrema de liberalismo derivada da escola austríaca de economia (a partir das ideias de Ludwig von Mises, Murray Rothbard se torna o primeiro ancap). Porém, enquanto a escola austríaca defende a existência de um Estado que seja mínimo, porém forte e protetor da propriedade privada (leia-se ‘defensor do lucro dos ricos e do tiro-porrada-e-bomba para os pobres’), os ancap não desejam nem esse Estado mínimo, deixando que o mercado capitalista promova algum tipo de harmonia na sociedade.

Assim sendo, os ancap defendem que o trabalho das pessoas seja explorado em nome do lucro do patrão, que a terra ocupada seja alugada e a agiotagem. São defensores do laissez-faire (mercado sem regulamentos) e acreditam que a livre concorrência por si só impedirá monopólios e, assim, ninguém será poderoso demais a ponto de ameaçar o resto da sociedade. Defendem que o mercado gerará oportunidade suficiente para que todas os acordos sejam livres, voluntários. Assim, quem aceitar um trabalho desvantajoso o terá feito por livre vontade. A propriedade privada seria protegida por meio de agências de segurança.

Os problemas

A ideia de que um mercado irregulado oferecerá variedade suficiente para impedir monopólios e injustiças é improvável. O objetivo do capitalista é o acúmulo de capitais como garantia da sobrevivência do seu negócio. Assim como países acumulam força militar com o objetivo de se tornarem superpotências que ignoram os direitos dos outros países, o capitalista vê na eliminação da concorrência a melhor forma de proteger seu império econômico. Não há motivo para crer que empresas menores possam resistir por muito tempo à concorrência desleal, pois os mesmos benefícios que o fim do Estado traz para elas (fim das leis trabalhistas, fim dos impostos, etc.) também serve às grandes empresas, principalmente com seu capital acumulado para tirar proveito disso (cartéis, trustes, especulação financeira, campanhas de mídia, manipulação do mercado, fraudes, etc.).

Como cada um será responsável pela sua própria segurança, quem tiver mais dinheiro poderá formar os mais fortes exércitos particulares. O mundo dos negócios não seria diferente do mundo do crime organizado, onde cada facção criminosa faz valer sua lei através da força. As agências de segurança desse cenário não são em nada diferentes de grupos mercenários. Um truste poderia muito bem incluir sua própria agência de segurança. Nada impediria o acúmulo de terras, de maneira que os trabalhadores da região devessem pagar aluguel ou se mudar. Nesse momento, a empresa já se tornou um domínio feudal, com os trabalhadores pagando impostos ao próprio patrão. Chega ao fim a anarquia, transformada em Estados corporativos.

Conclusão

“Anarco”-capitalismo é uma ideia originada nos anos 1950 e que joga fora toda história do anarquismo como um movimento socialista. A única semelhança entre os ancap e o anarquismo de verdade é o desejo pelo fim do Estado, porém os ancap querem isso em nome da consolidação da exploração do homem pelo homem e o darwinismo social (sobrevivência do mais forte, perecimento do mais fraco). Os verdadeiros anarquistas entendem que o fim do capitalismo é necessário para o fim da dominação do mais forte sobre o mais fraco; em especial, nós anarco-comunistas entendemos a ajuda mútua como princípio necessário para a realização dos potenciais do ser humano. Cremos que uma aventura como a proposta pelos ancap resultaria num retrocesso ao estatismo, logo é algo que não nos interessa nem ao menos tentar.

Qualquer um se enamore com o “anarco”-capitalismo e pense em participar do movimento anarquista estará cometendo um equívoco. De fato, não sabemos o que alguém ganharia defendendo o “anarco”-capitalismo sem ser um rico capitalista.

PS:  Nos EUA, a direita se apropriou do termo “libertário” e  alguns ultraliberais brasileiros copiaram a direita americana. Na verdade, o termo “libertário” foi adotado na política por anarquistas franceses no séc. XIX, como Joseph Déjàcque. Socialismo libertário é sinônimo de Anarquismo. Sempre que usarmos a palavra libertário neste blog será em referência ao Anarquismo verdadeiro, e não insanidades como o “anarco”-capitalismo ou mesmo a escola austríaca de economia.

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Não vivamos mais como escravos – Yannis Youlountas

Documentário sobre resistência popular e autogestão na Grécia durante a crise econômica. Legendas em português.

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Da Servidão Moderna – Jean-François Brient

Legendado:

https://www.youtube.com/watch?v=xAVYFYMFAag

Dublado:

https://www.youtube.com/watch?v=Ybp5s9ElmcY

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Para Mudar Tudo

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Coletivo CrimethInc.

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O que os anarco-comunistas defendem?

Anarquismo é a ideia de que uma sociedade pode se organizar sem líderes e sem hierarquia. Comunismo significa a posse comum dos meios de produção, sem que alguém seja mais dono do que o outro. Chamamos o anarquismo do tipo comunista de Comunismo Libertário, que é diferente do Comunismo Autoritário da União Soviética ou Cuba, onde um governo administra os bens e planifica a economia.

Fim da propriedade privada: cercar um pedaço de terra não faz de alguém seu dono nem lhe dá direito de exclusividade sobre a natureza ali. Tudo que a humanidade constrói se deve aos esforços e conhecimentos coletivos, sendo impossível dizer quem contribuiu mais para produzir algo, logo tudo é de todos. Isso não quer dizer que seus bens pessoais serão compartilhados, mas terras, fábricas e qualquer outro meio de subsistência devem ser de todos.

Fim do Estado: hoje, todos são obrigados a aceitar que uma instituição lhe diga o que fazer e o que não fazer, de modo que não somos livres. Tal imposição se dá pela força e, portanto, é ilegítima. Dizem que os políticos nos representam, mas não podemos influenciar suas decisões a não ser que sejamos ricos o suficiente para fazer lobby, logo não vivemos numa democracia de verdade, pois o Estado só garante os interesses da elite e precisa acabar.

Fim do capitalismo: O capitalismo é um sistema contraditório onde se diz que todos são livres para concorrer, mas aqueles que enriquecem diminuem a liberdade dos restantes. Os maiores benefícios do trabalho de todos vai para esses poucos ricos. Com o fim da propriedade privada e do Estado, que só existe para defender a propriedade privada, o capitalismo desaparecerá e o trabalhador deixará de trabalhar pelo lucro de chefes e passará a atender diretamente o bem-estar de sua comunidade.

Organização horizontal: sem ter mais quem lhes dê ordens, as pessoas deverão se organizar por meio de assembleias onde todos têm igual peso para dar ideias e decidir. Deixando de ter chefes, uma fábrica se organizará dessa forma. Todos os cargos responderão à assembleia, não havendo alguém hierarquia. Quando for necessário fazer acordos, uma delegação é enviada, mas ela não terá poder de passar por cima da vontade da assembleia.

Federalismo: anarquistas não buscam formar países, onde milhões obedecem a um pequeno grupo. O exemplo da fábrica serve para pequenas comunidades, como associações de bairro ou municípios. A administração é descentralizada, com as comunidades enviando delegações para trocar informes e propostas. Essa rede de comunidades, fábricas, usinas e fazendas formará uma federação de livres comunas, cada uma cuidando dos assuntos de sua região e todas juntas determinando suas relações. As pessoas que compõem tais comunas teriam então participação direta nas decisões, em vez de contarem com a boa-fé de “representantes” que não respondem ao povo. Constitui-se assim uma democracia direta em vez de representativa.

A cada um, conforme sua necessidade: no capitalismo, a relação entre bens e consumidor é mediada pelo mercado, que não é determinado apenas por relação de oferta e procura, mas por manipulações diretas dos empresários, latifundiário, acionistas e do Estado. A humanidade já tem condições de produzir o suficiente para todos, mas caso todos tenham de tudo, o preço cai e o mercado quebra. Dessa forma, no capitalismo, a produção de alimentos ultrapassa nossas necessidades, mas milhões ainda morrem de forme. Para um latifundiário, é mais vantajoso às vezes jogar frutas na beira da estrada ou queimar seus grãos, ou para uma companhia pesqueira jogar o “excedente” de volta ao mar. No momento em que os trabalhadores pararem de trabalhar pelo lucro de patrões e acionistas e, sendo eles mesmos, juntos com toda população, os donos dos meios de produção, produzirão para o bem comum. Como todos trabalharão para suprir a todos conforme a necessidade, o conhecimento técnico estará a serviço de todos e os trabalhadores, enquanto responsáveis por seu próprio trabalho, terão total interesse em melhorar suas próprias condições e não esperarão que chefes passem a preferir investir em melhorias do que explorar um exército de mão de obra contingente e barata.

Fim da dominação do homem pelo homem: assim como as dominações política e econômica, não toleraremos nenhuma outra forma pela qual uma parcela da população seja considerada inferior a outra. Não toleramos que alguém sofra prejuízo por sua cor de pele ou terra de origem. Não aceitamos que alguém tenha menos direitos do que os outros por não compartilhar da mesma religião ou por ter religião enquanto os outros não têm. Ninguém merece menos do que os outros pelo que pensa sobre o universo ou deixa de pensar. Não admitimos que um homem queira mandar numa mulher ou que a mulher seja considerada menos capaz. Julgamos absurdo que alguém seja condenado, censurado ou prejudicado pela sua vida sexual, pela sua identidade de gênero ou pela aparência que adota. Devemos condenar e censurar o mal que uma pessoa causa a outra, não o que ela acha melhor para si. Combatemos a noção de que uma classe tenha poder sobre as outras por saber manejar armas.

Noção do coletivo: acreditamos que o indivíduo e o coletivo possuem uma relação dialética, ou seja, o indivíduo se constitui pela interação no coletivo e o coletivo pelas relações entre seus indivíduos. Nenhuma pessoa é uma ilha e, portanto, não pode atribuir apenas a si mesma o seu sucesso. Ela provavelmente teve apoio da família onde foi criada, foi educada em conhecimentos desenvolvidos através dos séculos, andou através de estradas construídas por alguém, foi alimentada por lavradores e cozinheiros, dependeu dos faxineiros e de garis para ter um ambiente limpo, de pedreiros para ter um lar, etc. Sua personalidade foi forjada no convívio com amigos, parentes, colegas, vizinhos, professores, na cultura na qual viveu, pela arte que presenciou, pela paisagem que via todo dia, pelos eventos históricos ao longo de sua vida, etc. Sim, todos temos propensões naturais para isso ou aquilo, mas é impossível definir onde termina o “eu” e onde começa o “nós”. Em vez de valorizarmos apenas os ganhos particulares, devemos nos tornar conscientes de que dependemos uns dos outros e que não há justiça quando o meu sucesso coexiste com a pobreza alheia, pois trabalhamos pela construção de uma mesma sociedade, mas eu me beneficio do trabalho do pobre enquanto ele pouco se beneficia.

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Por que somos contra o Capitalismo

Capitalismo ou Liberalismo é o sistema que defende a acumulação de capital (dinheiro e bens) através da livre iniciativa e da livre concorrência. Seu objetivo é a defesa da liberdade individual e sua condição para existir é a Democracia.

Ok, mas o que há de errado nisso?”

  • Para enriquecer, é preciso explorar o trabalho dos outros. Trabalhadores vendem sua força por um pagamento que não reflete o total de seu trabalho. O restante do dinheiro se torna o lucro do patrão, que enriquece às custas do esforço alheio. Não existe Capitalismo sem pobres dispostos a trabalhar por ninharia com medo da miséria e da fome. Mesmo que haja países ricos e cheios de igualdade, sua riqueza vem da exploração de países mais pobres. No Capitalismo globalizado, as economias dos países não podem ser consideradas separadamente.

  • Para uma empresa garantir sua sobrevivência na livre concorrência, ela deve acumular capital suficiente para dominar o mercado. Ela inevitavelmente usará de meios desonestos ou, do contrário, outra empresa o fará e a eliminará do mercado. Uma vez que a empresa tenha acumulado poder econômico, esse mesmo poder a manterá impune. Dessa forma, a livre concorrência desaparece, levando o Capitalismo a uma contradição.

  • O capital acumulado pelos mais ricos empresários faz com que eles tenham influência direta no Estado e possam moldar a sociedade de acordo com seus próprios interesses. Por mais que um trabalhador acumule dinheiro e bens, ele dificilmente fará parte da mesma classe econômica e terá o mesmo poder. Democracia significa “poder do povo”, mas o povo jamais terá o poder. Mais uma contradição.

  • A mesma busca por crescimento sem fim da economia faz com que Estados destruam outros povos para a expansão do capital de suas empresas. Dessa forma, por exemplo, os EUA destroem países no Oriente Médio para extrair seu petróleo e o Brasil promove o genocídio de suas populações indígenas para aumentar sua infraestrutura industrial e agrária.

  • Competição constante e a busca por crescimento econômico sem fim leva à destruição do meio ambiente na busca por matéria-prima e através da poluição. Caso um país tenha leis severas para proteger a natureza, as empresas moverão suas indústrias para países com menor proteção ambiental. O melhor interesse para o consumidor não é o objetivo das empresas e dos latifundiários, pois para aumentar a produção de alimentos e os lucros, utilizam-se inseticidas tóxicos e nossa comida é envenenada.

  • O individualismo capitalista prega que as conquistas do indivíduo são de mérito somente dele. Mas para chegar onde chegou, toda pessoa conta com o trabalho de todo resto da sociedade. Ninguém se torna rico sem a força de seus empregados, os produtos dos operários, a limpeza da faxineira, a nutrição da cozinheira ou saneamento do lixeiro. Ninguém constrói seu caráter senão pelo convívio com outros seres humanos. E a busca frenética por “subir na vida” a qualquer custo, com o medo do desemprego, das dívidas, da fome e do fracasso nos torna estafados, estressados, deprimidos, ansiosos e doentes; nos faz competir entre nós mesmos em vez de cooperarmos uns com os outros.

Eu concordo contigo, mas por que não podemos simplesmente melhorar o capitalismo?”

Tais problemas são consequência direta dos princípios do Capitalismo. Em outras palavras, não existe Capitalismo sem essas características. Se existe Capitalismo, continua existindo pobreza, desigualdade de direitos e destruição ambiental.

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